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Season Finale: Arrow ainda divide fãs, mas supera expectativas


A série Arrow, baseada no herói dos quadrinhos Arqueiro Verde, chegou ao fim na última quarta-feira, dia 15, nos Estados Unidos. Apesar de uma aceitação relativamente boa, o seriado ainda luta pela sua afirmação, e isso se deve a vários fatores, sendo o péssimo histórico recente da Warner com adaptações de histórias de super-heróis o principal deles.

Quem não se lembra de Smallville, a tragédia do "Superboy"? Embora com certo sucesso comercial, a série foi um fracasso se levarmos em conta a inspiração em Superman. A série foi uma mistura porca de draminhas ao melhor estilo One Tree Hill com uma história extremamente mal desenvolvida que, supostamente, baseava-se nos quadrinhos de Homem de Aço.

Além de Smallville, a Warner produziu outros fracassos como Wonder Woman, que nem saiu do piloto, e a péssima Birds of Prey, baseada na sequência homônima dos quadrinhos do Batman, que durou 13 episódios - muito para a péssima qualidade do seriado, no qual Barbara Gordon (antiga Batgirl e filha do Comissário Gordon), e Helena Kyle (a Caçadora e filha do Batman com Selena Kyle), faziam algo semelhante a uma versão de Two Broke Girls mais séria, mas tão ruim quanto.

Depois, disso, claro, o fracasso cinematográfico do Lanterna Verde, que foi aguardado com expectativa pelos fãs do herói, mas que acabou sendo uma grande decepção para a maioria. Essa série de erros da Warner em parceria com a DC colocou todos com um pé (senão os dois) atrás com Arrow.

Por essas e outras, os fãs de quadrinhos tiveram ataques cardíacos e passaram por momentos de tensão extremos quando a Warner, responsável pelos fiascos acima, anunciou a produção de mais um seriado baseado na história de um super-herói dos quadrinhos, dessa vez, o Arqueiro Verde.

Na série e nos quadrinhos
Pra quem tá por fora, Arrow conta a história de Oliver Queen, um playboyzinho milionário, filho de um grande empresário, que é dado como morto em um naufrágio (que matou seu pai). O que ninguém esperava é que Oliver sobreviveria ao acidente e passaria cinco anos em uma ilha, antes de voltar a Starling City, sua cidade, e reencontrar sua mãe casada com um antigo subordinado de seu pai, que agora ocupava o cargo supremo da companhia. Agora consciente dos males que sua família causa à sociedade, Oliver Queen passa a viver uma dupla identidade: à noite, ele sai encapuzado tentando corrigir os erros dos Queen e consertar as injustiças.

Arrow, apesar da desconfiança, obteve certo sucesso e conseguiu uma aceitação relativamente boa do público. Até aqui, a trama é bem desenvolvida e Stephen Amell, o ator protagonista, vem interpretando bem o Arqueiro. Ainda há vários pontos a melhorar, mas o time de produção merece um pouco mais de confiança. E, querendo ou não, mesmo que as últimas tentativas tenham sido um fracasso completo e não sejam dignas de comparação nem com Glee, Arrow é com folga a melhor série de super herói.
 
Obviamente, há coisas a melhorar. Pra começar, essa postura ainda meio dividida entre herói e anti-herói de Oliver Queen parece meio forçada, assim como esse estilo meio dark do seriado. Por outro lado, isso é necessário para que a Warner diga, de certa forma, que podemos confiar em Arrow, que a série não vai ser um fracasso ou uma história de adolescente com super poderes. 

Por essas e outras, os fãs, que já entraram com um certo receio no começo da série, ainda se dividem um pouco, mas, depois de uma temporada bem desenvolvida, Arrow tranquiliza boa parte do público e já aparece como uma boa opção de entretenimento. O Season Finale já passou, eu sei, mas ainda dá tempo pra quem quiser acompanhar as aventuras do Arqueiro Verde, sem medo de ver uma repetição das aventuras do Superboy ou da filha da Mulher Gato.

Veja aqui o promo do season finale de Arrow:


PS: Algumas observações

1. Vale a ressalva, pra ser justo com a Warner: quando falamos dos fracassos deles, há a exceção da sensacional trilogia do Cavaleiro das Trevas. Contudo, acho que é possível dizer que o grande responsável pela exclusão do filme dessa lista de fiascos foi Christopher Nolan, que desde o princípio, deixou claro pra Deus e o mundo que o seu Batman seria só dele (sem participar de filmes com outros heróis) e que teria uma postura muito mais séria do que os filmes de herói até então. Inclusive, inspirando uma nova tendência, já que o último Homem Aranha (interpretado por Andrew Garfield) e que o próximo Superman (que será produzido por Nolan) adotam um estilo mais sóbrio, o que se percebe até mesmo pelas roupas, antes com tons chamativos de azul e vermelho, agora mais neutras; e por personagens muito melhor desenvolvidos psicologicamente.

2. Apesar do tom de crítica, eventualmente assisto a Two Broke Girls. Eventualmente. O tom de crítica vai mesmo pelo fato de que Birds of Prey se vendia como um seriado bom e sério, o que, no fim das contas, foi irônico e até engraçado, tão baixa a qualidade da produção. Agora, das outras séries mencionadas, passo longe.

3. Não dava pra deixar passar essa semana sem falar do INCRÍVEL season finale de The Following. O que foi aquilo, gente? Pelo amor de Deus, se você não viu ou não acompanha a série, comece JÁ!

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