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The Walking Dead (PC, PS3, X360) - Game de Ponta



por Bruno Marise


A série de games The Walking Dead da desenvolvedora Telltale Games, foi escolhida como melhor jogo do ano na VGA (Videogame Awards). Uma surpresa para muitos, já que o título competia com nomes de peso como Assassin's Creed III, Dishonored e outros. O jogo foi dividido em cinco capítulos, lançados ao longo do ano, sendo eles A New Day, Starved For Help, Long Road Ahead, Around Every Corner e No Time Left. Mesclando liberdade e uma história extremamente profunda, The Walking Dead é totalmente merecedor de melhor jogo do ano, e já pode ser considerado um clássico. O sucesso fez com que a Telltale confirmasse mais cinco episódios para 2013. Enquanto esperamos, vamos aprender mais um pouco sobre esse jogaço.



História




Vamos começar por um dos pontos fortes de The Walking Dead: A história. Inspirado na série de sucesso e nos quadrinhos criados por Robert Kirmkman, o jogo conta a história de Lee Everett, um professor universitário que foi acusado de assassinar o amante de sua mulher e no começo do jogo está em uma viatura a caminho da prisão quando a epidemia zumbi eclode. Durante o percurso, o policial atropela um "walker" na pista e o carro capota. Lee acorda em meio a um bosque preso dentro da viatura, com a perna arrebentada, o policial morto e um zumbi se aproximando. Para não dar mais spoilers, a partir daí é que o jogador assume o controle da situação e deve sobreviver em meio ao apocalipse zumbi. Como? é o que vamos ver no próximo tópico.


Mais um shooter zumbi?


Com o sucesso da série The Walking Dead e a "onda" zumbi que toma conta do mundo do entretenimento, era questão de tempo até termos uma adaptação para os videogames. E quando ouvimos falar em "jogo de The Walking Dead", automaticamente pensamos em mais um shooter. Mas quem conhece a Telltale sabe que aqui o negócio ia ser diferente. A empresa é famosa pelos games de Back to The Future e Jurassic Park e passa longe dos shooters. The Walking Dead assim como os outros jogos da empresa é um point and click. Isso mesmo, daquele estilão Monkey Island e Full Throttle, onde você tem que resolver puzzles e combinar objetos para avançar. O fato é que o game conseguiu capturar bem a essência da história original de Robert Kirkman, e ele mesmo afirma que sua obra não foi criada para meter medo em ninguém ou para ser mais uma pérola do terror. O foco não são os zumbis e sim os sobreviventes. Explorar as relações entre eles e como cada um lida com situações extremas, até que limite podem chegar para sobreviverem. E isso é o que acho louvável na série e nos quadrinhos. Kirkman conseguiu captar bem o que George Romero começou lá em 1968 com A Noite dos Mortos Vivos. Mas isso é história pra outro post. De volta ao game, apesar de ser um point and click, The Walking Dead está mais focado nas decisões que o jogador deve tomar do que nos puzzles. Eles estão presentes sim, mas são muito mais fáceis do que por exemplo decidir quem você deve salvar e quem será devorado pelos walkers. A trama é tão bem construída e a imersão é tão grande, que quando alguém morre você fica realmente chateado. E o mais legal de tudo isso é que a história é moldada de acordo com suas escolhas. Uma decisão tomada no primeiro capítulo, pode fazer diferença lá no desfecho de tudo. E não pense que The Walking Dead é um jogo "bonitinho". Algumas partes são realmente doentis e capazes de enojar qualquer um de estômago fraco e as decisões que você deve tomar não serão nada fáceis.


Sim ou não?


The Walking Dead é recomendadíssimo não só pra quem gosta de videogames, zumbis, da série ou da HQ. É recomendado pra qualquer um que goste de uma boa história. E até quem não é fã de videogames pode se dar bem com o jogo pois os controles são simples e não requerem habilidade nenhuma de experiência gamer. Agora se você está procurando mais um jogo de ação pra passar horas matando zumbis, passe longe. Com gráficos cartunizados, animações simples e uma jogabilidade sem sustos, The Walking Dead se afirma pelo seu enredo sensacional e o atrativo de dar ao jogador opções e escolhas, que na maioria das vezes devem ser feitas sob pressão. Em meio a tantos títulos mais hardcore, TWD se destaca por exigir nada mais que a intuição, consciência e compaixão de quem joga. 

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