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Age Of Mythology (PC) - Game Flashback



Em 2002, a franquia Age Of Empires era um sucesso. A consagração já havia acontecido há 3 anos , com o lançamento de Age Of Kings, e o game se tornara o mais popular título de estratégia de todos os tempos. É então que chega aos PC's Age Of Mythology, um spin-off da série que foge um pouco do enredo histórico e tem foco na mitologia (ah vá?). O jogo foi um enorme sucesso e agradou público e crítica, vendendo mais de 1 milhão de cópias. No Game Flashback de hoje vamos destrinchar esse clássico pra você!




Ao contrário dos games anteriores que tinham um enredo histórico e se baseavam em acontecimentos e batalhas reais, AOM transporta o jogador para um mundo mitológico, onde os exércitos contém minotauros, ciclopes, semi-deuses e gigantes, além, é claro, dos soldados convencionais. Apesar de fazer parte da franquia original, AOM é considerado um spin-off por fugir da sequência temática de Age Of Empires I e II e ter algumas peculiaridades. Vamos a elas.

Novas mecânicas 

Em AOM o sistema de jogo continua se baseando na coleta de recursos, compra de tecnologias e o avanço através de eras. A maior transformação é a adição de um novo recurso, a Proteção Divina. Como se trata de um game com enredo mitológico, os deuses e divindades não podem faltar, por isso, para invocar criaturas e ter uma ajudinha dos céus, é necessário acumular Proteção Divina, que pode ser conseguida de maneiras diferentes por cada civilização.


Engine


Age Of Mythology é o primeiro da série com gráficos em 3D o que é um grande mérito para a época. As animações também são anos-luz superiores aos outros jogos. Experimente mandar um Ciclope atacar alguma unidade inimiga e divirta-se com o monstrengo atirando o soldado longe.


Poderes




Um dos recursos mais divertidos de AOM são os poderes divinos. Ao evoluir de Era, o jogador deve escolher entre dois deuses menores que lhe proporcionarão algum recurso para ser usado quando você bem entender, além das melhorias em tecnologia. Saber escolher os poderes e usá-los na hora certa é essencial para se dar bem no game.


Heróis


Diferente de Age Of Empires II, em que os heróis só apareciam no modo Campanha, aqui cada civilização possui uma quantidade de heróis únicos por Era, com poderes específicos e capacidade de regenerar a vida com o passar do tempo.


Deuses

Cada civilização possui três deuses maiores e apenas um deve ser escolhido antes de começar a partida. A escolha desses deus é que vai determinar as tecnologias, melhorias e poderes que o jogador poderá usufruir e cada um deles permite que o jogador invoque uma criatura especial ao chegar na última era (Idade Mítica).


Civilizações


Se nos outros jogos era possível escolher mais de dez grandes civilizações, em AOM a Ensemble Studios optou por disponibilizar apenas três facções (provavelmente por terem as mitologias mais populares e influentes de todas): Gregos, Nórdicos e Egípcios. Um dos destaques em relação às civilizações dos jogos é que, pela primeira vez na série, vemos uma diferença gritante entre elas. Aqui, cada uma possui aldeões, arquitetura, exércitos, criaturas, heróis e idioma totalmente diferentes um do outro. 

Gregos




Os gregos são talvez a civilização mais fácil de se jogar em AOM, devido a seu exército bem estruturado e por acumularem Proteção Divina na forma de recurso: Basta construir um templo e mandar alguns villagers ficarem rezando. Além disso, essa facção possui criaturas mitológicas extremamente poderosas e os Heróis mais fortes do jogo.


Deuses Gregos e Poderes

Zeus (deus do trovão) - Relâmpago: Mata uma unidade instantaneamente

Poseidon (deus dos mares) - Chamariz: Atrai animais selvagens para facilitar a caça

Hades (deus dos mortos) - Sentinela: Cria quatro estátuas que atacam inimigos em seu campo de visão


Heróis: Jasão, Odisseu, Hércules e Belerofonte (Zeus); Teseu, Hipólita, Atalanta, Polimefo e Argo (Poseidon); Ajax, Quíron, Aquiles e Perseu (Hades).


Unidades Míticas: Pégaso, Hipocampo, Centauro, Minotauro, Ciclope, Hidra, Manticora, Leão de Neméia, Colosso, Quimera, Medusa, Scylla e Carcinos.


Poderes da Idade Mítica

Terremoto (Ártemis) - Causa terremoto em uma área selecionada e gera grande quantidade de danos, especialmente contra construções.

Tempestade de Raios (Hera) - Gera uma tempestade elétrica em uma área específica e causa enormes danos ao exército inimigo.

Abundância (Hefesto) - Cria uma espécie de cofre indestrutível, que gera 10 unidades de madeira, comida e ouro a cada cinco segundos.



Nórdicos





A maior diferença dos Nórdicos é que os villagers se dividem em duas classes: Gatherers (coletores) e Dwarves (anões). Os Gatherers coletam recursos como um aldeão comum, e os Anões são mineradores natos, com uma enorme vantagem na coleta de ouro. Nessa civilização, quem constrói é a própria infantaria. Por isso, não são necessárias construções para armazenar recursos: os próprios Gatherers e Anões carregam uma espécie de carroça que agiliza muito mais o processo. Os Nórdicos ganham Proteção Divina através das batalhas. Quanto mais inimigos mortos, maior a Proteção Divina.


Deuses Nórdicos e Poderes

Odin (deus da sabedoria, da guerra e da morte) - Grande caçada: aumenta o número de animais de caça na área selecionada

Thor (deus do trovão) - Mina dos anões: Cria uma mina de ouro em qualquer lugar do mapa com maior quantidade que as minas comuns.

 Loki (deus do fogo e da trapaça) - Espião: Revela o campo de visão do inimigo


Heróis: Os nórdicos possuem uma unidade heroica única, os Hersirs, que são fortes contra unidades míticas mas fracos contra exércitos humanos.


Unidades Míticas: Corvo, Valquíria, Einherjar, Troll, Gigante de Gelo, Gigante da Montanha, Gigante de Fogo, Fenrir, Kraken, Niddhog e Jormund.


Poderes da Idade Mítica: 

Fimbulwinter (Tyr) - Invoca uma quantidade de lobos gigantes para atacar Centros da Cidade do inimigo.

Nidhogg (Hel) - Invoca o poderoso dragão Niddhog, que por ser uma unidade voadora só sofre dano de unidades de ataque a longa distância e pode servir como uma eficiente arma de cerco.

Ragnarok (Baldur) - Transforma os Gatherers e Anões em Heróis de Ragnarok, com ataque aumentado e fortes contra Unidades Míticas.



Egípcios



Os egípcios são uma civilização com foco nas construções, ideais para quem gosta de uma estratégia mais defensiva. As unidades míticas não são tão poderosas quanto a dos outros, e o exército também é inferior, tornando a civilização egípcia a mais difícil de se jogar. Os egípcios recebem Proteção Divina construindo monumentos em louvor a seus cinco deuses escolhidos.


Deuses Egípcios e Poderes

Rá (Deus do Sol) - Chuva: Fazendas trabalham 300% mais rápido.

Isis (Deusa da maternidade e fertilidade) - Prosperidade: Dobra a coleta de ouro por 50 segundos.

Set (Deus da violência e desordem) - Visibilidade: Revela uma grande área do inimigo por 20 segundos.


Heróis: Os egípcios possuem um único herói, representado pelo Faraó. O Faraó tem poder de cura e é extremamente forte contra unidades míticas. Ele também pode "abençoar" construções para que seu desempenho aumente. Com a escolha do deus Osíris na Idade Mítica, o Faraó é transformado no Filho de Osíris, um poderosíssimo semi-deus com ataque extremamente forte.


Unidades Míticas: Esfinge, Uadjit, Anubite (Servo de Anúbis), Petsuchos, Roc, Escaravelho Gigante, Homem Escorpião, Múmia, Vingador, Fênix, Leviatan, Tartaruga de Guerra.


Poderes da Idade Mítica

Tornado (Hórus) - Cria um ciclone que causa enorme dano ao inimigo. Bastante efetivo contra construções.

Chuva de Meteoros (Thoth) - Lança uma violento ataque de meteoros que causa um enorme estrago.

Filho de Osiris (Osiris) - Transforma o Faraó em um semi-deus extremamente poderoso.






Modo Campanha

Nunca a séria Age Of Empires teve um cuidado tão grande com o modo Campanha. Em AOM temos uma verdadeira saga, com roteiro cinematográfico e fases desafiadoras. O jogador entra na pele de Arkantos, um General atlante que deve atravessar o mundo (passando pelas três civilizações) para derrotar o ciclope Gargarensis. São 32 mapas, inúmeros personagens carismáticos e batalhas emocionantes (inclusive a Batalha de Tróia!) que te prendem por um bom tempo em frente ao PC.

Na versão brasileira de Age Of Mythology, a Campanha é dublada totalmente em português, o que deixa o jogador ainda mais envolvido.


Titanomaquia





Em 2003, chega para os PCs Age Of Mythology - The Titans. O pacote de expansão trazia uma nova civilização, os Atlantes, e uma nova era: Era dos Titãs (se você começou a cantar Sonífera Ilha, pode parar), onde o jogador tem a possibilidade de construir um portal que irá liberar um Titã, uma gigantesca e poderosa criatura, praticamente indestrutível. Porém, uma vez destruída, não poderá ser invocada novamente.


Atlantes



A civilização Atlante é superior em praticamente tudo em relação às outras. Suas unidades são extremamente caras, mas também bastante poderosas. Os aldeões dos atlantes são os Cidadãos, que são mais lentos menos eficientes, e também mais caros que o das demais facções. A Proteção Divina é recebida com a construção de Centros da Cidade.


Divindades Atlantes e Poderes

Cronos (deus do tempo) - Desconstrução: Desconstrói qualquer edificação inimiga.

Gaia (deusa da Terra) - Floresta de Gaia: Gera uma floresta que pode ser usada como proteção ou para coletar madeira.

Urano (deus do céu) - Onda Elétrica: Gera um choque que derruba e atordoa unidades inimigas.


Heróis: Os atlantes podem transformar qualquer unidade em um Herói, que tem mesmos atributos de unidades heroicas de outras civilizações, porém essa transformação é bastante cara.


Unidades Míticas: Prometéico, Autômato, Caladria, Behemoth, Sátiro, Ave do Lago Estínfalo, Gigante Heka, Argus, Lâmpades, Servo, Nereida, Man O'War.


Poderes da Idade Mítica

Hécate (deusa da magia e da noite) - Portão do Tártaro: Gera um portão infernal que invoca criaturas para defendê-lo.

Atlas - Implosão: Invoca uma espécie de buraco negro que suga tudo em volta e depois expele numa explosão, causando enorme dano.

Hélio - Vórtice: Teletransporta todas as unidades para qualquer ponto do mapa.

Titãs





A maior novidade da expansão The Titans é a possibilidade de criar os gigantescos Titãs. Cada civilização possui o seu próprio Titã: Cérbero (gregos), Hórus (Egípcios), Troll de Gelo (Nórdicos) e Cronos (Atlantes).

Apesar de ser extremamente divertido sair com o Titã pisoteando e destruindo tudo, essa possibilidade cria um desequilíbrio enorme, uma vez que invocada, a criatura é praticamente indestrutível, o que dá à civilização uma boa vantagem. Por isso, a expansão de Age Of Mythology não é tão obrigatória quanto a de Age II, e serve mais como uma alternativa do que um complemento.


Sim ou Não?

Os criadores da franquia, que já estavam consagrados com Age Of Empires II, podiam seguir apostando na mesma fórmula e ficar em paz, mas decidiram manter apenas a infalível mecânica de jogo, e inovar no enredo e nas possibilidade que o jogo oferece de maneira extremamente criativa. Age Of Mythology é um dos mais divertidos da série e é uma aquisição recomendável em qualquer coleção




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Company of Heroes: O Filme - Pizza





Adaptações de videogames para o cinema geralmente são algo, em sua essência, muito errados – e, se formos pensar bem, o caminho inverso não é assim tão diferente. Várias tentativas foram propostas, desde jogos de tiro como Doom, terror como Silent Hill e luta como Street Fighter, o perfil de jogo que vira filme parece ser sempre o mesmo: algum clássico cheio de ação que pode fazer sucesso, senão pela qualidade, pelo nome que leva no título. Mas uma coisa que nenhum gamer que se presta poderia achar provável seria um filme baseado em alguma franquia obscura de estratégia.

Disse bem, poderia.

Viu qualquer semelhança com um RTS? Pois é, nem eu.
Qual não foi minha surpresa ao descobrir que resolveram fazer justamente isso: um filme licenciado de um jogo RTS “lado B”. E nem estou falando de nenhum jogo de fantasia, tipo Might & Magic, que faria sentido comprar a licença da história. Estou falando é de um filme de uma das franquias da falida THQ, Company of Heroes.

Mas daí você me pergunta: “mas Company of Heroes é sobre a Segunda Guerra. Porque comprar a licença do jogo pra produzir um filme de Segunda Guerra.” É, então. Eu também não faço a menor ideia de como responder essa pergunta. Mas uma mistura de um gênero que eu adoro – filmes de guerra – com um que eu não suporto – jogos RTS – só poderiam dar uma boa mistura, só que não.

E, como era de se esperar, não ficou bom mesmo.

Company of Heroes (em português, Company of Heroes – O Filme, para não perder tempo em tentar esconder que não se trata de apenas uma coincidência) foi lançado direto para DVD em 26 de fevereiro de 2013 – ou seja, hoje – é uma obra do “aclamado” diretor Don Michael Paul que, entre seus principais trabalhos no cinema, estão um papel como coadjuvante sem falas em A Ilha e a coprodução do clássico do gênero “porque foi mesmo que vocês fizeram esse filme?” Harley Davidson e Marlboro Man – Caçada Sem Tréguas. Só pelo curriculum do camarada já dá pra ver que podíamos esperar MUITO dele como diretor. Aliás, talvez esse histórico seja o que explica terem gasto uma parte do orçamento para comprar a licença sobre o nome do jogo: por que simplesmente fazer um filme de guerra ruim, se posso fazer um filme de guerra ruim baseado num videogame e jogar toda a culpa no videogame, falando que ele que não me dá base de história para um bom filme e que me vi obrigado a podar minha visão para satisfazer os jogadores? É a única explicação que eu tenho: uma desculpa brilhante que joga toda a culpa numa mídia que ainda sofre de preconceito e esconde a falta de talento do produtor.

Dois velhos e um novato contra todo o exército alemão? Molezinha!
Mas, como se poderia esperar, o filme não tem nada de mais, nem como filme de guerra, nem como adaptação de videogame. Aliás, talvez a única coisa que lembre videogames em todo ele seja o fato de os inimigos serem praticamente inúteis em combate, além da história rasa e clichê. O plot principal (e, sim, vou dar spoilers. E antes que venham reclamar: é uma adaptação de videogame dessas mais básicas e que não tem nada a ver. Tem certeza que vai fazer tanta diferença assim ter spoiler?) consiste de um pequeno grupo de soldados americanos no fim da guerra – já após o fatídico Dia D e num momento que os Aliados já avançavam quase sem problemas, tomando território atrás de território e já dando a Guerra por vencida –  que estão desempenhando uma missão extremamente simples de levar suplementos de uma base a outra através de terreno em que já não havia mais inimigos. Molezinha certo? Só que eles são atacados (quem podia esperar por essa, não é mesmo?) e, durante a fuga, acabam esbarrando – diria até mesmo que tropeçando – nos planos de uma arma ultra-secreta do governo alemão, que poderia mudar os rumos da guerra. Voltar correndo pra base e pedir reforços? Pra que, se um plano muito mais sensato é invadir o maior, mais secreto e mais protegido laboratório inimigo, com cerca de 5 homens, e salvar o mundo eles mesmos?

A história tem tudo que um horrível drama de guerra precisa: um herói jovem que sobe de recruta pra chefe fodão em poucas cenas, um bando de subordinados em fim de carreira, uma mocinha que aparece do nada no meio do filme e já vira peça importante da trama, um aliado duvidoso que é encontrado no meio da ação e um cientista maluco arrependido. Soma-se a isso um vilão que é um general alemão sádico totalmente copiado do personagem de Christopher Waltz em Bastardos Inglórios que você tem a receita de tudo aquilo que se pode esperar de Company of Heroes, ou seja, quase nada.

Sammael e sua versão "Escola de Atores Sylvester Stallone" de Hans Landa


Mas não podemos desconsiderar tudo do filme, já que há, ao menos, umaideia legal em sua trama: ao revelar que a grande arma secreta alemã seria uma bomba atômica, o filme brinca com um famoso boato (já que até hoje ninguém comprovou se essa história é mesmo verdade, e, se for, duvido que irão algum dia) de que, apesar dos esforços americanos e russos, quem primeiro aperfeiçoou a bomba atômica foram os alemães, e por isso que a primeira delas só foi usada em 1945, já que necessitou-se que os cientistas que conseguiram fazê-la funcionar no Reich fossem capturados e levados para os laboratórios americanos, para que pudessem passar para frente seus conhecimentos. Outro ponto positivo é o castde atores, que traz alguns nomes interessantes, como Richard Sammael, que ficou conhecido pelo papel do oficial que morre a pauladas de um taco de beisebol em Bastardos Inglórios, e Vinnie Jones, o ex-jogador de futebol que foi o famigerado Juggernaut – ou Fanático – em X-Men 3: O Confronto Final. Sammael, aliás, faz o vilão que imita – um tanto caricatamente ou, apenas, bem mal – o coronel Landa de Bastardos Inglórios, o que nos faz entender porque ele apanhou tanto no filme de Tarantino, e desejar que alguém de dois metros de altura apareça logo para matar aquele arremedo de vilão sádico que não bota medo nem no meu cachorro.

Juggernaut, é você meu velho?!
No geral, se considerarmos que é uma adaptação de videogame – e elas são conhecidas por terem criado um parâmetro de comparação cinematográfica tão baixo que dá até pena – Company of Heroes é bem divertido e, ainda que não deva ser nem de longe a sua primeira opção caso esteja com vontade de assistir algum filme de guerra, consegue divertir e prender o telespectador até o final sem fazê-lo querer vomitar – o que já é um ótimo elogio para o gênero. Recomendável para um sábado à tarde preguiçoso, quando a única outra opção for assistir o Caldeirão do Huck.

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Mundo Gamer ep 32 - PS4, Metal Gear Rising e Kerbal



PEEEEEEGGGUUUEEE o controle, aperte start que está no ar mais um Mundo Gamer. Wagner Alves (o Shakira), Felipe Navarro (o Bagaço), Rafael Rodrigues (o Noia), Bruno Marise (o Fronha) e Alex Benito discutem sobre todas as novidades e promessas da Sony para o Playstation 4. 

Ainda, no Game de Ponta, robôs gigantes, espadas samurais e gatos ninjas. Tudo sobre a mais nova obra-prima de Hideo Kojima, Metal Gear Rising: Revengeance.

Já no Minigame, falamos um pouco da física, pecinhas encaixáveis e as naves espaciais que fazem de Kerbal um game tão viciante.
Tudo isso, além das notícias da semana, no Mundo Gamer, que tá imperdível.

Link para gameplay de Kerbal
http://www.youtube.com/watch?v=xuww0F1fXiM


Imagem da Millenium Falcon em Kerbal


Link para demo de Rayman Legends
http://www.youtube.com/watch?v=hm0A3mwC_M0

Link para trailer dublado de Injustice: Gods Among Us
http://www.youtube.com/watch?v=nFqGcv8G6Zc

Link para nosso gameplay de Metal Gear Rising na BGS
http://www.youtube.com/watch?v=gntWc1NAdqQ

Link para trailer de Monster Hunter 4
http://www.youtube.com/watch?v=F_kN8EwFI90


Assine nosso Feed em 
http://www.spreaker.com/user/4817184/episodes/feed


Para ouvir o programa dessa semana, clique no player abaixo ou baixe aqui.
Para falar com a gente é:
pela página do Feice 
- pelo Twitter: @comandologin
- pelo e-mail: comandologin@gmail.com 

Ilustração de capa por Alex Benito

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Disk Pizza ep 1 - And the Oscar goes to...




Nesse domingo, dia 24, acontece o Oscar, o tão prestigiada premiação do cinema de Hollywood. Para explicar como funciona o Oscar, o que é a misteriosa Academia e comentar as principais categorias dessa que é a 85ª edição do Academy Awards, sai do forno o primeiro Disk Pizza, seu delivery do que há de mais saboroso no mundo da cultura pop. Quem são os favoritos? Quem foi injustiçado? Cadê "O hobbit"? Aperte o play, pegue um pedaço e divirta-se!

Nessa edição contamos com a participação especial de Felipe de Oliveira Mateus (Pinguim), Tainá Goulart (Tãina) e Vitor Moura (Cicatriz), além dos loginers Luís Morais (Bóvis), Monique Nascimento (Lina) e Pedro Zambon (Lennon). A lista completa de indicados e os trailers dos concorrentes ao prêmio de Melhor Filme você confere aí embaixo.


Filme
"Indomável sonhadora" - trailer
"O lado bom da vida" - trailer
"A hora mais escura" - trailer
"Lincoln" - trailer 
"Os Miseráveis" - trailer
"As aventuras de Pi" - trailer
"Amor" - trailer
"Django livre" - trailer
"Argo" - trailer

Diretor
Michael Haneke ("Amor")
Benh Zeitlin ("Indomável sonhadora")
Ang Lee ("As aventuras de Pi")
Steven Spielberg ("Lincoln")
David O. Russell ("O lado bom da vida)

Ator
Daniel Day-Lewis ("Lincoln")
Denzel Washington ("Voo")
Hugh Jackman ("Os miseráveis")
Bradley Cooper ("O lado bom da vida")
Joaquin Phoenix ("O mestre")

Atriz
Naomi Watts ("O impossível")
Jessica Chastain ("A hora mais escura")
Jennifer Lawrence ("O lado bom da vida")
Emmanuelle Riva ("Amor")
Quvenzhané Wallis ("Indomável sonhadora")

Ator coadjuvante
Christoph Waltz ("Django livre")
Philip Seymour-Hoffman ("O mestre")
Robert De Niro ("O lado bom da vida")
Tommy Lee Jones ("Lincoln")
Alan Arkin ("Argo")

Atriz coadjuvante
Sally Field ("Lincoln")
Anne Hathaway ("Os miseráveis")
Jacki Weaver ("O lado bom da vida")
Helen Hunt ("The sessions")
Amy Adams ("O mestre")

Filme estrangeiro
"Amor" (Áustria)
"No" (Chile)
"War witch" (Canadá)
"O amante da rainha" (Dinamarca)
"Kon-tiki" (Noruega)

Roteiro original
Michael Haneke ("Amor")
Quentin Tarantino ("Django livre")
John Gatins ("Voo")
Wes Anderson e Roman Coppola ("Moonrise kingdom")
Mark Boal ("A hora mais escura")

Roteiro adaptado
Chris Terrio ("Argo")
Lucy Alibar e Benh Zeitlin ("Indomável sonhadora")
David Magee ("As aventuras de Pi")
Tony Kushner ("Lincoln")
David O. Russell ("O lado bom da vida")

Animação
"Valente"
"Frankenweenie"
"ParaNorman"
"Piratas pirados!"
"Detona Ralph"

Documentário em longa-metragem
"5 broken cameras"
"The gatekeepers"
"How to survive a plague"
"The invisible war"
"Searching for a sugar man"

Documentário em curta-metragem
"Inocente"
"Kings point"
"Mondays at Racine"
"Open heart"
"Redemption"

Fotografia
"Anna Karenina"
"Django livre"
"As aventuras de Pi"
"Lincoln"
"007 – Operação Skyfall"

Edição
"Argo"
"A vida de Pi"
"Lincoln"
"A hora mais escura"
"O lado bom da vida"

Trilha sonora original
Dario Marianelli ("Anna Karenina")
Alexandre Desplat ("Argo")
Mychael Danna ("As aventuras de Pi")
John Williams ("Lincoln")
Thomas Newman ("007 – Operação Skyfall")

Canção original
"Before my time", de "Chasing ice" – J. Ralph (música e letra)
"Everybody needs a best friend", de "Ted" – Walter Murphy (música) e Seth MacFarlane (letra)
"Pi's lullaby", de "As aventuras de Pi" – Mychael Danna (música) e Bombay Jayashri (letra)
"Skyfall", de "007 - Operação Skyfall" – Adele (música e letra)
"Suddenly", de "Os miseráveis" – Claude-Michel Schönberg (música), Herbert Kretzmer (letra) e Alain Boublil (letra)

Efeitos visuais
"O hobbit: Uma jornada inesperada"
"As aventuras de Pi"
"Os vingadores"
"Prometheus"
"Branca de Neve e o caçador"

Edição de som
"Argo"
"Django livre"
"As aventuras de Pi"
"A hora mais escura"
"007 – Operação Skyfall"

Mixagem de som
"Argo"
"Os miseráveis"
"As aventuras de Pi"
"Lincoln"
"007 – Operação Skyfall"

Melhor curta-metragem
"Asad"
"Buzkashi boys"
"Curfew"
"Death of a shadow (doos van een schaduw)"
"Henry"

Curta-metragem de animação
"Adam and dog"
"Fresh guacamole"
"Head over heels"
"Maggie Simpson in 'The Longest Daycare'"
"Paperman"

Figurino
"Anna Karenina"
"Os miseráveis"
"Lincoln"
"Espelho, espelho meu"
"Branca de Neve e o caçador"

Design de produção
"Anna Karenina"
"O hobbit: Uma jornada inesperada"
"Os miseráveis"
"A vida de Pi"
"Lincoln"

Maquiagem e cabelo
"Hitchcock"
"Os miseráveis"
"O hobbit: Uma jornada inesperada"

Para comentários, elogios, críticas e para pedir sua pizza:

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Conecte-se - it's Karaoke time!

O Conecte-se hoje é para os amantes de um bom karaokê com a família, cantando aqueles pagodões clássicos do pop/rock nacional e internacional, não precisa mais esperar o churrasco do aniversário do seu tio. É só acessar o Karaoke Party e se divertir em casa mesmo.



Não se assuste com o Call Me Maybe e adjacentes no destaque, só dar uma procurada que tem muita música boa para arriscar uns berros. Desde "Dream On" do Aerosmith até ao acid jazz do Jamiroquai com "Virtual Insanity" você encontra. Caso queira cantar em português, só há apenas uma coisa que não podemos chamar de música, "Ah, se eu te Pego!" do gênio Michel Teló.



Há opção para cantar com vocais acompanhando e ainda é possível observar o tom da sua voz na canção (o que não é 100% confiável, pois depende muito do seu microfone). Existem até mesmo a opção de duetos, além de músicas que você precisa pagar para desbloquear - se você tem dinheiro para dar e vender, por que não?



Ah, uma grande dica é cantar uns Michael Jackson para fazer os "AOW'. Principalmente em "Smooth Criminal".


Então, se você está procurando por um bom site para se divertir com os amigos, Karaoke Party é uma ótima pedida que vai expulsar todo mundo da sua casa quando perceberem sua falta de talento fazer com que todos se divirtam por horas a fio!



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Trending Topic - Harlem Shake




Demorou um pouco, mas enfim aconteceu: surgiu o primeiro viral global de 2013, o Harlem Shake. Esse é o título de uma música do DJ e produtor americano Baauer que deu origem a um revolucionário estilo de dança (?).

A faixa foi lançada pelo produtor Diplo em maio de 2012 e na época ficou restrita aos conhecedores de música eletrônica. Mas há duas semanas algo muito inesperado aconteceu...

A febre começou com um vídeo feito por um grupo de australianos que dançavam bizarramente ao som de Harlem Shake. A fórmula do sucesso é muito simples: o vídeo começa com apenas um homem fantasiado dançando sozinho num quarto, enquanto os outros ao seu redor parecem nem notá-lo, mas passados alguns segundos vem a surpresa quando se ouve a frase “and do the harlem shake”. Nesse momento todos, também fantasiados/mascarados, começam a dançar freneticamente ao som da música.


Inexplicavelmente, em duas semanas o vídeo foi alvo de uma quantidade inimaginável de paródias, nas mais diferentes versões, como a dos soldados americanos e dos funcionários Facebook. Até agora, segundo as estatísticas do YouTube, haviam sido postados mais de 40 mil vídeos relacionados com o Harlem Shake, totalizando 175 milhões de visualizações. 

Confira algumas versões (o site Know Your Meme organizou todas elas por categorias, facilitando a perda de tempo visualização.)
 




Até o Comando Login entrou na brincadeira, clique aqui e veja.

A pergunta que fica agora é: será que o Harlem Shake conseguirá superar o Gangnam Style de Psy? Ainda é cedo pra dizer, mas o(s) vídeo(s) tem grande potencial!

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Metal Gear Rising: Revengeance - Game de Ponta

Existem duas formas de olhar para Revengeance: como um beat'em'up desalmado ou como mais um título da série Metal Gear. Para a minha surpresa, a Platinum Games acertou em cheio, criando um jogo de ação absurdo, mas que continua fiel à herança que a franquia Metal Gear Solid deixou. Ah é, e você também pode cortar um pobre soldado em algumas centenas de pedaços, o que já é por si só bem divertido.


Gameplay


Vamos falar um pouco sobre a mecânica principal de Metal Gear Rising: cortar tudo em pedaços, tudo mesmo, desde inimigos até pontes, carros e arvores (gatos não, é pecado). No geral, o gameplay é simples: um botão é responsável por ataques leves e outro por ataques fortes, e um último botão ativa o "Blade Mode", que permite ao jogador controlar os cortes com mais precisão. Agora vamos para as complicações: não existe um botão de defesa. Rising usa um sistema de parry que basicamente pede pra você usar um botão de ataque enquanto aponta o analógico na direção de onde o ataque inimigo vem. Parece complicado, mas o combate é tão rápido que muitas vezes você vai se defender sem nem perceber.

Outra parte interessante é o sistema "Zandatsu", que significa "Cortar e Pegar". A ideia é que o corpo robótico de Raiden precisa recuperar energia de tempo em tempo para poder usar o Blade Mode, e como você recupera suas forças? Bem, você deixa seus inimigos atordoados, usa o Blade Mode para cortar os pobre coitados no meio e pega a "bateria" deles. Quando você se acostuma com o sistema, você aprende uma das lições mais importantes de Metal Gear Rising: seus inimigos são pacotes de vida ambulantes, e você vai rezar para eles aparecerem nas lutas contra chefes.


Falando em chefes, os de Revengeance são geniais, Raiden tem que enfrentar 4 generais em sua jornada: Mistral, Monsoon, Sundowner e Jetstream Sam. Cada um com táticas e armas que vão testar a habilidade do jogador para se defender e usar o Blade Mode. Alguns gamers talvez fiquem felizes em saber que Sam, o samurai do bando, é brasileiro, mas não se preocupem com como a Platinum representou nosso querido país no jogo: a história de Sam é tratada bem por cima, e a situação do Brasil no universo de Metal Gear continua um mistério. Alguns chefes vão deixar suas armas especiais como um brinde para Raiden, gerando algumas experiências novas ao longo do jogo.

Não é possível descrever quão perfeito é o combate de MGR; os controles tem uma resposta incrível, e os movimentos de Raiden são tão absurdo que é impossível não sorrir enquanto você picota os adversários. Não acredita? Baixe o demo disponível na PSN ou na Xbox Live, e teste você mesmo.

O Não Gameplay


Revengeance começa quatro anos depois dos eventos de Metal Gear Solid 4, com Raiden trabalhando para um grupo de segurança particular. Encarregado de proteger um presidente africano de insurgentes locais, são atacados subitamente por outro grupo paramilitar particular: Desperado Enforcement, os vilões do jogo. O presidente morre, e Raiden perde um olho e um braço. O corpo de ciborgue do herói recebe alguns upgrades e vira basicamente um super ciborgue, e ele então decide destruir os homens que o atacaram pelas atrocidades que eles cometeram e não porque arrancaram um olho e um braço dele, lógico. Algumas conspirações são reveladas, laboratórios são revirados e surpresas aguardam o jogador a quase todo momento.

Os personagens apresentados durante a jornada são extremamente interessantes, mas Raiden com certeza é o mais interessante de todos. Ainda lutando contra alguns fantasmas do passado, ele acaba encontrando um lado escondido de sua personalidade, mas paro por aqui para não dar spoilers, descubram vocês mesmos!

Fãs de Metal Gear Solid, não se preocupem: apesar de ser de um gênero completamente diferente, Metal Gear Rising consegue não destruir o universo tão bem criado com os títulos passados. Na verdade, a história é surpreendentemente interessante: conspirações, exércitos particulares, nanomáquinas, todos aqueles elementos que conhecemos e amamos continuam aqui, muito bem utilizados. Todas as informações essenciais são dadas por meio de cutscenes ou diálogos no meio do combate, mas o jogador também pode se comunicar com os ajudantes de Raiden pelo bom e velho CODEC. Essas conversas opcionais dão uma profundidade inesperada para a história de quase todos os personagens, sem falar que as interações entre eles chegam a ser bastante cômicas.

Além de toda a história e o blablabla dos CODEC's existem MUITOS Easter Eggs a serem descobertos: missões de treinamento extras, inimigos escondidos, upgrades e algumas referências muito engraçadas aqui e ali, tudo no espirito de Metal Gear. Ah é, um dos seus colegas, Doktor, vai pedir que Raiden corte o braço esquerdo de alguns inimigos, fique atento.


Sim ou Não?

Você gosta de videogames? Gosta? Então você se deve o favor de jogar Metal Gear Rising: Revengeance, seja pela história intrigante, pelo combate perfeito, ou simplesmente pelo fato ridículo de que você pode cortar um inimigo em mil pedacinhos diferentes. Nada é mais incrível do que arremessar um robô gigante em um prédio, e Rising me deu essa incrível oportunidade. Ainda assim não espere muitas horas de ação: o jogo  é curto, e sem muitos incentivos para se jogar tudo de novo.

E você? O que achou de Metal Gear Rising? Esperava mais? Esperava um Metal Gear Solid? Esperava que o Kojima parasse de achar que o Raiden é melhor que o Snake porque ele é? Deixe suas opiniões nos comentários e fique esperto para mais detalhes no Mundo Gamer dessa semana!

Felipe Navarro


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Mundo Gamer ep 31 - Vilões, Detona Ralph e Age of Empires



PEEEEEEGGGUUUEEE o controle, aperte start que está no ar mais um Mundo Gamer. Wagner Alves (o Shakira), Felipe Navarro (o Bagaço), Rafael Rodrigues (o Noia) e Bruno Marise (o Fronha), Vitor Frascareli (o Orelha) e Leandro Calegari (Nerd Disse) tentam eleger o maior vilão de todos os tempos e, é claro, ele não foi o Bowser. 

Ainda, no Game Flashback diretamente de algum baú naufragado em guerras, Age of Empires I e II voltam das cinzas aqui no Comando Login. Manhas, histórias, personagens preferidos da galera, tudo isso você vai ver por aqui. 

Já no Minigame, todo o vício do jogo de um dos filmes mais falados no mundo dos games: Fix It Felix Jr. o game do Detona Ralph. Será que vale a pena jogar?
Tudo isso, além das notícias da semana, no Mundo Gamer, que tá imperdível.

Link para Mario e Luigi Dream Team
http://www.youtube.com/watch?v=iAeoDJNjF3M

Link para Mario Golf: World Tour
http://www.youtube.com/watch?v=4Wa5CenuCQY

Link para Gameplay de Brutal Legends
http://www.youtube.com/watch?v=fVWa2uRUEAk

Link para foto do Sylveon
http://www.serebii.net/xy/sylveon.png


Link para Tíbia versão Pokemon
http://otpokemon.com/facebook


Link para lista dos maiores vilões da história (via Omelete)
http://omelete.uol.com.br/super-mario-bros/games/bowser-e-o-maior-vilao-de-todos-os-tempos-segundo-o-guinness-book/


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Para ouvir o programa dessa semana, clique no player abaixo ou baixe aqui.


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Ilustração de capa por Alex Benito

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Robin Hood - Prince of Thieves (NES) - Game Trashback



Adaptações de filmes para games são normalmente contraditórias. É claro que devem ser levadas em conta as dificuldades e desafios envolvidos no transporte da linguagem cinematográfica para a interativa, algo que pode ser comparado ao caso de filmes baseados em livros e mesmo games baseados em livros (ou ainda os infames filmes baseados em jogos, dificilmente melhores que lixo). A experiência é alterada, muitas vezes de maneira profunda, e o enredo é modificado consideravelmente. Em outras palavras, a essência do produto final é totalmente diferente daquela do original. 
Exemplos de adaptações bem-sucedidas são raros, sendo muito mais fácil listar os fracassos e os resultados não muito satisfatórios (o que renderia uma série de postindividuais, no mínimo). No Game Trashback de hoje conversaremos sobre uma adaptação de fidelidade duvidosa: Robin Hood - Prince of Thieves, um jogo de 1991 da Sculptured Software/Virgin Games para o NES, baseado no filme de mesmos nome e anoque contou com Kevin Costner no papel do famoso ladrão e que ainda tinha nomes como Christian Slater e Morgan Freeman no cast.  

"Então ele rouba dos ricos?" 


os diferentes modos de jogo
Começando pelo lado positivo, o game tem muitas qualidades. Um RPG de ação nos moldes de Zelda, Robin Hood introduz e experimenta alguns conceitos bem interessantes. Existem quatro modos diferentes de jogo: o principal envolve uma visão isométrica para o controle do personagem nos ambientes; outro começa nas lutas e aumenta o campo de visão para englobar todos os envolvidos na porrada; os duelos de espada são um modo à parte, com visão lateral ao estilo de jogos de luta; escapando de emboscadas ou viajando, Robin entra num modo de perseguição com cavalos, que inclui alguns obstáculos em alta velocidade. Ainda há uma bela e completa tela de status dos personagens, permitindo troca de equipamentos e uso de itens, além de visão geral do grupo. 
A mecânica não foge muito da esperada para RPGs de ação, com muitas conversas, exploração, missões e progressão com níveis de experiência. O mundo é surpreendentemente grande para um jogo do começo dos anos 90, oferecendo um tempo considerável de gameplay. Robin ainda vai encontrando aliados que integram seu grupo no decorrer da saga. 
As animações são ótimas, com uso interessante de sombras e perspectiva. Mesmo a trilha sonora merece destaque, com boas músicas que entram na cabeça e fazem você ficar horas cantarolando. Os efeitos sonoros também não deixam a desejar, gerando uma atmosfera imersiva. 

O lado ruim 

"santo Deus, um esqueleto gigante!"
O defeito mais gritante está na ausência da possibilidade de salvar o jogo. Como dito anteriormente, a experiência é longa (aproximadamente 90 minutos), e deve ser terminada em uma sentada. Três continues são oferecidos, mas isso não diminui o tamanho da falha. 
O segundo problema está na manutenção do enredo. Toda adaptação requer manipulações da trama, mas no jogo em questão isso acontece de maneira exagerada. A história do filme não foge muito da lenda de Robin Hood, o arqueiro errante que "rouba dos ricos e dá aos pobres" e que luta contra a tirania do xerife de Nottingham, na Inglaterra, encontrando amigos e conflitos no caminho. Pois bem, boa parte do jogo deveria seguir essa premissa, certo? Muito errado. Não estranhe se, no meio de sua saga, enfrentar um demônio esqueleto gigante (!!!), guardião de uma masmorra. Ou ainda lobos famintos e javalis que explodem quando atacados, jogando ossos para todos os lados (!!!!!). Fica bem evidente que os produtores do jogo usaram algumas "licenças poéticas" no trato da história, que chega a beirar o absurdo em alguns momentos. 
Surge então outra problemática importante: o sistema de menus do jogo. Em um RPG, você espera menus completos para cobrir um vasto leque de ações e decisões. Em Prince of Thieves, você vai se perder em um verdadeiro labirinto de janelinhas para realizar a operação mais simples. Você mata um inimigo desafiador, que carrega consigo um item essencial para a sua jornada, e tem que caminhar até sua carcaça, abrir o menu, escolher "procurar", ler a mensagem "Robin achou um item!", escolher "pegar", ler "Robin pegou o item!" e sair do menu. Ufa, não é pra qualquer um. 
o Kevin Costner do jogo parece mais um boneco de cera
Por fim, os rostos "digitalizados" dos personagens. Imagina-se que deveriam ser semelhantes aos dos personagens do filme, certo? É óbvio que entendemos as limitações gráficas de um sistema 8 bits como o NES, mas a ilustração aqui ao lado não me deixa mentir. O que diabos aconteceu com Kevin Costner?!  


"Mas é mesmo um lixo?" 

Depois de ponderar os prós e os contras, é possível concluir que Robin Hood - Prince of Thieves não é um produto totalmente descartável, mas longe disso.  O game apresenta algumas das primeiras tentativas de certos recursos no gênero RPG de ação, com os diferentes modos de jogo implementando o gameplay de maneira inusitada e agradável. Por outro lado, os problemas e falhas do jogo afetam consideravelmente o resultado final, prejudicando um melhor aproveitamento. 
Colocando um pouco de minha opinião pessoal, posso dizer seguramente que Prince of Thieves foi o primeiro jogo com uma verdadeira sensação de épico que joguei na vida. Lembro perfeitamente da grande dificuldade de algumas partes e da grata satisfação ao chegar nos créditos finais. Indico pra todos que ainda não experimentaram. Pode ser uma grande oportunidade de notar que os RPGs de ação não pularam direto de Zelda para Diablo e Torchlight.