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Metal Gear Rising: Revengeance - Game de Ponta

Existem duas formas de olhar para Revengeance: como um beat'em'up desalmado ou como mais um título da série Metal Gear. Para a minha surpresa, a Platinum Games acertou em cheio, criando um jogo de ação absurdo, mas que continua fiel à herança que a franquia Metal Gear Solid deixou. Ah é, e você também pode cortar um pobre soldado em algumas centenas de pedaços, o que já é por si só bem divertido.


Gameplay


Vamos falar um pouco sobre a mecânica principal de Metal Gear Rising: cortar tudo em pedaços, tudo mesmo, desde inimigos até pontes, carros e arvores (gatos não, é pecado). No geral, o gameplay é simples: um botão é responsável por ataques leves e outro por ataques fortes, e um último botão ativa o "Blade Mode", que permite ao jogador controlar os cortes com mais precisão. Agora vamos para as complicações: não existe um botão de defesa. Rising usa um sistema de parry que basicamente pede pra você usar um botão de ataque enquanto aponta o analógico na direção de onde o ataque inimigo vem. Parece complicado, mas o combate é tão rápido que muitas vezes você vai se defender sem nem perceber.

Outra parte interessante é o sistema "Zandatsu", que significa "Cortar e Pegar". A ideia é que o corpo robótico de Raiden precisa recuperar energia de tempo em tempo para poder usar o Blade Mode, e como você recupera suas forças? Bem, você deixa seus inimigos atordoados, usa o Blade Mode para cortar os pobre coitados no meio e pega a "bateria" deles. Quando você se acostuma com o sistema, você aprende uma das lições mais importantes de Metal Gear Rising: seus inimigos são pacotes de vida ambulantes, e você vai rezar para eles aparecerem nas lutas contra chefes.


Falando em chefes, os de Revengeance são geniais, Raiden tem que enfrentar 4 generais em sua jornada: Mistral, Monsoon, Sundowner e Jetstream Sam. Cada um com táticas e armas que vão testar a habilidade do jogador para se defender e usar o Blade Mode. Alguns gamers talvez fiquem felizes em saber que Sam, o samurai do bando, é brasileiro, mas não se preocupem com como a Platinum representou nosso querido país no jogo: a história de Sam é tratada bem por cima, e a situação do Brasil no universo de Metal Gear continua um mistério. Alguns chefes vão deixar suas armas especiais como um brinde para Raiden, gerando algumas experiências novas ao longo do jogo.

Não é possível descrever quão perfeito é o combate de MGR; os controles tem uma resposta incrível, e os movimentos de Raiden são tão absurdo que é impossível não sorrir enquanto você picota os adversários. Não acredita? Baixe o demo disponível na PSN ou na Xbox Live, e teste você mesmo.

O Não Gameplay


Revengeance começa quatro anos depois dos eventos de Metal Gear Solid 4, com Raiden trabalhando para um grupo de segurança particular. Encarregado de proteger um presidente africano de insurgentes locais, são atacados subitamente por outro grupo paramilitar particular: Desperado Enforcement, os vilões do jogo. O presidente morre, e Raiden perde um olho e um braço. O corpo de ciborgue do herói recebe alguns upgrades e vira basicamente um super ciborgue, e ele então decide destruir os homens que o atacaram pelas atrocidades que eles cometeram e não porque arrancaram um olho e um braço dele, lógico. Algumas conspirações são reveladas, laboratórios são revirados e surpresas aguardam o jogador a quase todo momento.

Os personagens apresentados durante a jornada são extremamente interessantes, mas Raiden com certeza é o mais interessante de todos. Ainda lutando contra alguns fantasmas do passado, ele acaba encontrando um lado escondido de sua personalidade, mas paro por aqui para não dar spoilers, descubram vocês mesmos!

Fãs de Metal Gear Solid, não se preocupem: apesar de ser de um gênero completamente diferente, Metal Gear Rising consegue não destruir o universo tão bem criado com os títulos passados. Na verdade, a história é surpreendentemente interessante: conspirações, exércitos particulares, nanomáquinas, todos aqueles elementos que conhecemos e amamos continuam aqui, muito bem utilizados. Todas as informações essenciais são dadas por meio de cutscenes ou diálogos no meio do combate, mas o jogador também pode se comunicar com os ajudantes de Raiden pelo bom e velho CODEC. Essas conversas opcionais dão uma profundidade inesperada para a história de quase todos os personagens, sem falar que as interações entre eles chegam a ser bastante cômicas.

Além de toda a história e o blablabla dos CODEC's existem MUITOS Easter Eggs a serem descobertos: missões de treinamento extras, inimigos escondidos, upgrades e algumas referências muito engraçadas aqui e ali, tudo no espirito de Metal Gear. Ah é, um dos seus colegas, Doktor, vai pedir que Raiden corte o braço esquerdo de alguns inimigos, fique atento.


Sim ou Não?

Você gosta de videogames? Gosta? Então você se deve o favor de jogar Metal Gear Rising: Revengeance, seja pela história intrigante, pelo combate perfeito, ou simplesmente pelo fato ridículo de que você pode cortar um inimigo em mil pedacinhos diferentes. Nada é mais incrível do que arremessar um robô gigante em um prédio, e Rising me deu essa incrível oportunidade. Ainda assim não espere muitas horas de ação: o jogo  é curto, e sem muitos incentivos para se jogar tudo de novo.

E você? O que achou de Metal Gear Rising? Esperava mais? Esperava um Metal Gear Solid? Esperava que o Kojima parasse de achar que o Raiden é melhor que o Snake porque ele é? Deixe suas opiniões nos comentários e fique esperto para mais detalhes no Mundo Gamer dessa semana!

Felipe Navarro


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