Entre 1995 e 1999, o mundo digital estava em guerra: a batalha dos navegadores entre as empresas Netscape e Microsoft se refletiu no declínio da primeira e o apogeu da segunda com o Internet Explorer, além da criação de novos softwares para navegação na web, como o Mozilla Firefox e o Opera. Agora, em 2012, a quantidade de navegadores cresceu e a guerra continua. O Acesso Remoto traz os defeitos e qualidades dos navegadores em alta: Explorer, Opera, Chrome, Safari e Firefox. Confira nossas avaliações e escolha o seu campeão!
O Explorer, atualmente na versão 10, só roda em sistemas operacionais Windows e tem a fama de ser o mais lento entre os navegadores mais conhecidos, principalmente no carregamento de páginas e novas abas. Além disso, é um software que exige bastante do computador, pois monopoliza o desempenho do processador e da memória RAM. Mesmo assim, ainda é um dos mais utilizados, principalmente por usuários que realizam atividades simples como verificar e-mail ou conta em banco. Na sua instalação, o Explorer é o único dessa lista de navegadores que pede para que o computador seja reiniciado. Esse software ossui o recurso de sincronização, ou seja, o compartilhamento de informações com outros navegadores ou aparelhos móveis. Outro recurso é o controle de conteúdo, indicado para pais que queiram controlar o acesso das crianças a determinados sites, e a navegação privada, na qual não há o registro das páginas visitadas e arquivos baixados. No quesito segurança, o Explorer bloqueia os indesejados pop-ups e garante a proteção nos níveis baixo, médio e alto.
O Opera é um navegador gratuito que já está na versão 12 e roda em Windows, Mac e Linux. O design é mais estilizado e agradável ao olhar, e esse é o único navegador que possui um recurso para navegar através da fala e ler textos, disponível apenas em inglês e para usuários Windows. Assim como o Explorer, também oferece recurso de sincronização, gerenciador de downloads e lixeira que recupera abas fechadas acidentalmente e apaga históricos de forma fácil. Os quesitos de segurança do Opera vão desde proteção contra fraudes até gerenciamento detalhado de senhas. Dentre os navegadores citados, é o que menos exige do computador.
O Safari é o navegador da Apple, mas funciona também (mas não tão bem) em computadores Windows. Na versão 5, a instalação do Safari é a única que permite ao usuário escolher se deseja ou não criar ícone na área de trabalho. O navegador não exibe menu, apenas a barra de endereços dividida em duas: uma para a digitação de sites e outra para pesquisa. Alguns usuários podem ficar intrigados por um botão com o desenho de formiga, mas a sua função é reportar bugs, palavra que em inglês significa inseto. Apesar do visual clean, o Safari pode confundir os usuários desavisados porque as abas ficam invisíveis e as páginas minimizadas ficam “escondidas” enquanto você acessa algum site. Outra desvantagem é o zoom limitado, já que o Safari não aumenta a visualização de páginas com imagens. O navegador alerta sobre sites fraudulentos e permite que o usuário escolha se vai instalar os plug-ins e se quer visitar páginas com conteúdo suspeito. A rapidez para downloads é incrível e é possível determinar a frequência com que o histórico é apagado.
O Firefox é outro navegador que se adapta aos três sistemas operacionais Linux, Mac e Windows e está atualmente na versão 13. Após a instalação, é possível importar dados de outros navegadores instalados de forma mais fácil que os outros. O Firefox é um software open source, ou seja, seu código pode ser modificado e melhorado por qualquer pessoa. A barra de menus pequena e compacta não prejudica a visualização das páginas, assim como os links dos favoritos, que ficam logo abaixo da barra de endereço. A interação com o usuário no Firefox é uma das melhores graças ao centro de add-ons que o navegador oferece para o download de extensões e plug-ins. Em comum com outros navegadores, o Firefox possui gerenciador de downloads, controle de conteúdo exibido e alertas para sites potencialmente perigosos. Algumas vezes registra lentidão em abrir páginas e baixar arquivos, mas é um navegador que exige pouco do computador.
O Google Chrome é outro software open source e já está em sua versão 20. Além dos sistemas Linux, Mac e Windows, também pode ser instalado em máquinas Android. A instalação não pede a intervenção do usuário em nenhum momento e importa os favoritos de outros navegadores instalados automaticamente. O Chrome possui apenas uma barra, na qual tanto o endereço de sites quanto os tópicos de pesquisa podem ser digitados graças ao vínculo do navegador com o Google. Em sua página inicial, o navegador exibe os sites mais visitados e os favoritos. É o único navegador da lista que não possibilita salvar abas para serem abertas posteriormente. O Chrome possui recurso de corretor ortográfico, além de gerenciador de downloads e sincronização. Rápido e estável, o navegador só peca pela segurança pouco detalhada.
O professor de Ciências da Computação da Unesp de Bauru, Marcos Antonio Cavenaghi, é usuário Explorer, Firefox, Chrome e Safari e diz o que é preciso para se escolher o navegador ideal: “Se você é um usuário comum, é aquele que você melhor se adapa. Na minha opinião, no navegador perfeito você teria que acessar os sites de banco, comércio eletrônico e que fosse naturalmente rápido na hora de navegar. Você tem que clicar na página e a página aparecer”. E ai, o seu navegador ideal está entre esses ou ainda precisa ser criado?